Igreja Matriz de São José de Piranhas, de uma beleza simples como a vida da população |
Primeira travessia da fronteiras entre os estados. Uma pequena emoção. Uma pequena alegria. |
Pausa para auto-retrato em Cajazeiras-PB. |
O que me levou para aquela região na minha pequena 125 foi a descoberta das ruínas da cidade da cidade antiga. Digo descoberta porque a cidade submersa, Pirnahas Velha, como é conhecida atualmente, estava coberta pelas águas do Açude Engenheiro Ávidos desde 1936, quando foi construida a barragem.
A seca que atinge o nordeste fez o nível da água baixar ao ponto de exibir o que restou da cidade antiga.
Cajazeiras vista da pedra do Cristo Rei, com a moto em primeiro plano. |
Partindo de Iguatu, a rota é simples, indo até Icó para chegar à BR 116. Fui no dia 1 de maio, feriado e Saí cedo, umas 5:30 da manhã. Uma das melhores sensações para mim é ver o nascer do dia na estrada e a beleza da estrada acordando. Em outra postagem falo com mais calma sobre isso, mas o fato é que a BR, para uma moto pequena especialmente, requer mais cuidado(ok, quando tiver tempo também faço uma postagem sobre esse assunto).
Seguindo pela BR 116, pega-se a BR 230, ambas em boas condições, para chegar à Cajazeiras. De lá, para São José de Piranhas são uns poucos quilômetros em uma pista razoável.
Chegando em São José de Piranhas, perguntando a alguns habitantes facilmente se consegue informações de como chegar à cidade antiga, que fica a cerca de 12km da sede do município.
Para chegar, basta seguir por uma estrada de terra com alguns pontos de travessia de riacho e córrego e bifircações que podem enganar. Vale aqui a velha dica de ir perguntado aos sertanejos do caminho.
A vila antiga
Sr. Sebastião caminha para as ruinas da Igreja antiga. Ao fundo as águas do Açude Engenheiro Ávidos. São José de Piranhas. |
Capela da nova vila de São José de Piranhas, com a pequena 125 em frente. |
Como ele não anda de moto, fomos caminhando e conversando. A cidade era uma pequena vila quando o açude foi construido. Os engenheiros ingleses avisaram à população que a água cobriria suas casas e a nova vila foi sendo feita em áreas mais altas.
Sr. Sebastião, que me ofereceu a hospitalidade simples e sincera do sertanejo. |
As ruinas da igreja chamam atenção. Chego lá com Sr. Sebastião e peço que ele me ajude com as fotos.
A vista impressiona, já que a planície se estende até o horizonte terminar com as serras ao final. As águas do Açude já estão distantes, mostrando que a seca avança. No local da igreja a água ficava mais 8 metros acima de onde estávamos.
Da viagem, o que mais me impressionou, porém, foi uma estrutura que permanece quase intacta, apesar do tempo e das águas: uma das sepulturas do cemitério.
Entre as ruínas da Igreja da antiga vila de S. José de Piranhas |
Fiquei algum tempo ali, lendo, na solidão, enquanto o Sr. Sebastião cuidava do gado. As histórias da pequena vila parecem ter se dissolvido nas águas, mas o encando das ruinas permanece.
Ao fundo as águas do Açude Engenheiro Ávidos. S. José de Piranhas. |
A viagem valeu a pena pelas paisagens da Paraíba e pale hospitalidade doce e sincera, com gosto de café e bolo de milho.
Sr. Raimundo caminhando para as ruínas do cemitério antigo. Ao fundo, a única sepultura que resta da vila antiga de S. José de Piranhas. |
Foto feita pelo Sr. Sebastião. Na sepultura não há mais nomes. |
Essa aventura teve foi mais pessoal, uma meta minha de pegar a estrada. Esse dia foi de uma meditação saudável, que recomento a todos. Pegar a moto e seguir pela estrada pode ser a melhor terapia.
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Como nesse ano de 2013 as chuvas foram poucas, acredito que as ruínas continuarão descobertas por um bom tempo.
Aventure-se você também!!
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terrinha que eu adoro por mais seco que estejam mais eu adoro porque é a terra em que eu nasci.
ResponderExcluirFoi uma viagem muito boa! Espero que a chuva volta para trazer fartura para a região.
ExcluirEu nunca pensei que aqui nunca fosse ficar sem água pois era uma imensidade de água quero tudo de volta
ExcluirÉ lugar onde eu nasci e me criei
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
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